sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Dinâmicas de escritório

A russo não pode com a russa. Ninguém gosta do russo. O pessoal goza com o libanês e tem medo da bipolaridade da russa. Todos respeitam a alemã que é da logística mas mais parece ser Hitler (ou pelo menos da família). Os chefes perguntam o que anda a outra a fazer porque não faz o trabalho dela. O outro não só não fala comigo mas começou a dizer coisas a meu respeito. Não há muitos que gostem dele. A estagiária alemã já disse na cara da estagiária mexicana que não gosta dela. A razão não a deu (mas á dor de cotovelo é óbvia). A “amiga” passa o dia a refilar, a beber cafés e a pôr veneno, começa (efectivamente) a trabalhar às 16.30 e deixa-se lá ficar até às 19, 20h porque – oh! sou tão trabalhadora. O outro chega às 10h, passa o dia em intervalos para fumar e no facebook mas sai às 17h certas. Eu vou com diversas camadas de roupa para a empresa mas mesmo assim tenho de passar o dia embrulhada no casaco de inverno que uso na rua. Tenho as costas voltadas para a porta que teimam em deixar aberta e as minhas actividades são avaliadas pelas várias pessoas que nos visitam entre visitas à WC e à cozinha. De alguma maneira a nossa modesta sala de 12 metros quadrados para 3 atrai visitantes e portanto o ambiente é sempre circense.

De modo que somos quase como uma família! A disfuncionalidade característica das famílias numerosas já temos!

Um beijo com saudade.

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