terça-feira, 16 de novembro de 2010

E esta, heim?!*

Parece-me a mim que aqui o mundo das mulheres está a ficar doidinho da cabeça. Senão vejamos. Como é que nós, mulheres independentes e resolvidíssimas da vida, que trocamos lâmpadas e pneus de carros, limpamos, cozinhamos, fazemos bricolage, pintamos a casa, temos cartões de frequent travellers de diversas linhas aéreas, penduramos quadros, arranjamos canalizações e ainda trazemos o pão nosso de cada dia para casa, só falamos sobre uma coisa: A falta de homens (com qualidade para parceiro e quiçá doador genético, entenda-se)!

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Eh pah, seja com as minhas amigas em Portugal ou na Áustria ou em qualquer outro lugar onde eu tenha amigas, a conversa é sempre a mesma. Onde é que eles estarão?! Convenhamos que eu cá tenho estado muito pouco activa neste campo – apesar do meu amigo L.P. dizer que pelo que escrevo e digo, estou completamente desesperada – mas pelo que vejo da minha amiga mais chegada, o melhor mesmo é estar quietinha e poupar o dinheiro do jantar, a pele dos efeitos nocivos da maquilhagem e os pés das dores causadas por saltos altos em noites de (potenciais) encontros amorosos.

Mas depois de várias conversas (inclusivé com moçoilos) e de mera constatação de factos, chego a uma conclusão. Uma cruel, mas real, conclusão. Eles passam bem sem nós. Quer seja a jogar playstation, poker online, a ver sites pornográficos, a beber cerveja ou a eructar (ou os dois em simultâneo), a fazer desporto, a ver ou participar em corridas de mota ou de carro ou simplesmente a ver futebol. Eles passam o tempo em actividades, que são, consideram eles, lúdicas. Nós o que fazemos? Queixamo-nos de como eles são idiotas, mas do quanto gostaríamos de ter um espécimen (nem que fosse efectivamente só para arranjar a torneira que não pára de pingar).

*Como diria o fantástico, já falecido, Fernando Pessa.

Um beijo com saudade.

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