domingo, 9 de setembro de 2007

It's my party and I cry if I want to...

Embora esta semana tenha sido bastante complicada de ultrapassar, devido ao frio “do caraças”, estabeleci desde o princípio o objectivo de trabalhar arduamente para que os dias passassem a correr para ir à “Noite Cubana” organizada no bar a que normalmente vou aos fins-de-semana.

Uma noite cubana em St. Pölten é como uma pista para patinagem no gelo no Brasil, como uma torneira no meio do deserto, como um porco a cheirar bem – pouco natural, pouco frequente, uma relíquia... Enfim, acho que perceberam onde quero chegar!

Sexta-feira chegou (nunca trabalho à tarde às sextas – Viva a Áustria!!!). Tudo parecia correr bem... Tarde normal: Visita às lojas, comprar coisas que não preciso, esquecer-me de comprar coisa necessárias para obrigar-me a voltar às lojas no dia seguinte obrigando-me a comprar mais coisas que não preciso, ignorar os miúdos chatos que me tentam sacar dinheiro para causas mui nobres como Greenpeace, crianças maltratadas, Cruz vermelha, etc..., resistir à tentação de comprar mais um par de sapatos que provavelmente não terei ocasião de usar...

Recebo então o telefonema de uma colega de 22 anos recém-chegada do Chipre que ficará nos laboratórios da empresa por um ano – e a quem tinha dado o meu número de telemóvel no dia anterior – no caso dela precisar de alguma coisa. Como já a tinha convidado para ficar em minha casa para que ela pudesse vir ao tal evento Cubano sem ter de apanhar o comboio de volta para casa, mantive o convite e inclusivamente insisti bastante para que ela viesse, mesmo que ela estivesse a chorar desesperadamente ao telefone.

Veio ter comigo umas horas depois de comboio, infeliz, deprimida e completamente revoltada por se falar Alemão na Áustria...

Um “mojito”, umas “cuba libres”, uns merengues, cha-cha-cha e uns passos de salsa depois decidi acabar a minha noite e fazer o que os olhos da moça me pediam desde o início – ir para casa!

O sábado foi bastante menos aborrecido que o normal! Tive de pôr em prática toda e qualquer veia de psicóloga que pudesse existir no meu corpo, visitar muito mais lojas do que o normal e testar todas as técnicas existentes para impedir que a rapariga desatasse num pranto a cada 30 minutos...

Infelizmente, conheço bem os sentimentos que ela está a ter neste momento. Eu própria os tive quando fui estudar para Évora e para a Holanda. Desta vez, e felizmente, tive o apoio dos meus amigos Eva e Charly desde que cheguei à Áustria, o que facilitou o processo, impedindo-me de sequer pensar em desistir e voltar a Portugal. Espero que a consiga ajudar também... em último caso há sempre a famosa lâmpada anti-depressiva! Eheeh....

Um beijo com saudade e feliz por ter ultrapassado os primeiros meses com sucesso e sem choradeiras!

2 comentários:

Anónimo disse...

De nada ;)
:p

Anónimo disse...

Então é porisso que não tens "pircing" na língua....Pica...