Ofereci guarida a uma pessoa que, embora não conhecesse a 100 %, considerava
que vivia da mesma forma e com hábitos semelhantes aos meus. Durante este mês
de Novembro, com a nova companhia em casa, senti-me um pouco como os pais de
filhos um pouco rebeldes se devem sentir. Felizmente a pessoa em causa não é
sangue do meu sangue e por isso, depois de várias semanas a aguentar uma
situação para mim insustentável, pedi-lhe que saísse.
Assusta-me um pouco a minha reacção na medida em que um dia posso vir a ter
um filho ou uma filha com comportamentos pouco aceitáveis – e todos sabemos que
por mais educação que se dê a uma criança às vezes as coisas acabam de forma
diferente da expectável – e nessa altura não o/a poderei colocar fora de casa. Por
outro lado, acredito que educar ou até mesmo tolerar comportamentos
desagradáveis de filhos dos outros (já adultos) em minha casa esteja para além das minhas responsabilidades.
Triste mesmo é perceber que uma série de comportamentos específicos mudaram
substancialmente com apenas uma advertência geral. Ou seja, a pessoa em causa
sabia perfeitamente que estava a abusar, mas na realidade estava apenas a ver
até onde podia esticar a corda sem partir. Infelizmente, comigo não há meio
termo nem cordas roídas.
E com esta nova experiência relembro-me do que já sabia e fica aqui a take home message: Se é difícil
partilhar espaços com pessoas que conhecemos bem, com outras ainda mais
complicado será.
Um beijo com saudade
1 comentário:
Sim, já sabias!! :) O que te deu?? :)
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